Dermatite é uma reação alérgica da pele que gera coceiras e vermelhidão. As causas são diversas e em alguns casos pode se tornar algo mais sério. A dermatologista, cooperada da Unimed Paulistana, Dra. Jucele Bettin, explicou os motivos e tratamentos dessa doença. Confira:
O que é dermatite?
Dra. Jucele – São as chamadas “bolinhas” ou “carocinhos” na pele. Essa irritação geralmente é bem delimitada, coça muito e pode ter inúmeras causas e tratamentos. É importante reduzir o tempo da crise e sua extensão para evitar que as lesões deixem manchas na pele.
Por que aparecem?
Dra. Jucele – Geralmente aparecem em períodos de baixa imunidade: estresse, mudança de ambiente (viagem), temperaturas extremas (muito quente ou muito frio), poucas horas de sono e alimentação irregular.
Quais os tipos de dermatite?
Dra. Jucele – Dermatite de contato (popularmente chamada de brotoeja ou urticária): ocorre devido contato direto com alguma substância irritante.
Dermatite atópica: característica das pessoas com alergias sistêmicas, como rinite, bronquite e sinusite. Geralmente começa na infância e é pior no frio, em ambientes secos e com ácaros.
Dermatite de estase: ocorre por retenção de líquido nas pernas. Mais comum em idosos, acamados, obesos e pessoas que ficam muito tempo em pé.
Dermatite por estresse: é mais frequente no couro cabeludo com descamações, vermelhidão e coceira. Pode evoluir para o rosto e restante do corpo dependendo do fator desencadeante.
Dermatite viral por herpes simples: aparecem bolhas e feridas ao redor da boca, nariz, genitais e glúteos, mas pode ocorrer em qualquer parte da pele.
Dermatite bacteriana: quadro mais grave e ocorre após uma abertura na pele por onde a bactéria penetra. É bem comum nas pernas e pode evoluir para erisipela.
Qual o tratamento?
Dra. Jucele – Primeiramente se afaste dos agentes que podem irritar a pele e tenha cuidado para que pequenos hábitos diários não piorem o quadro.
O fator emocional conta muito nessa hora, pois quando as lesões são aparentes (rosto, pescoço, mãos), o paciente se desespera. Mas a ordem é relaxar, pois o quadro não melhora do dia para a noite.
O ato de friccionar os “carocinhos” parece promover alívio, mas na verdade estimula mais a coceira e retarda a cura.
Para quem tem pele seca a recuperação é mais lenta, então passe hidratante sem perfume e até a melhora completa do quadro borrife o perfume na roupa e não no corpo.
Quanto à alimentação, fique no básico e coma à vontade: torrada com manteiga, alface, arroz, peixe ou frango grelhados e frutas (principalmente maçã, banana e morango). Evite: bebida alcoólica, frituras, alimentos com sabor forte ou com corante (refrigerante, salsicha, mostarda e maionese), alimentos cítricos (frutas ou sucos de laranja, limão e abacaxi são potencialmente irritantes) e alimentos que podem estimular o intestino (leite, pera e mamão).
Além das dicas acima, existe algum remédio indicado?
Dra. Jucele – Cuidado com a automedicação. Os remédios tópicos (cremes e pomadas) e orais (comprimidos) são fundamentais, mas têm que ser indicados por um médico capacitado. Você pode passar ou tomar algo que, além de não ajudar pode piorar a sua situação.
Portanto, siga as recomendações acima e consulte o seu dermatologista que vai avaliar, diagnosticar e tratar o seu caso da forma mais indicada.
Fonte: Medicina Preventiva | Unimed Paulistana
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