Sepse é uma infecção que afeta todo o sistema imunitário e provoca uma reação em cadeia acarretando uma inflamação descontrolada no organismo.
A infectologista, cooperada da Unimed Paulistana, Dra. Silvia Julian falou sobre o assunto. Confira:
O que é sepse?
Dra. Silvia – A sepse é uma condição médica severa, caracterizada por uma resposta inflamatória sistêmica (designada como SIRS – Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica), geralmente causada pela presença de um agente infeccioso na corrente sanguínea. A sepse tem sido identificada em diversos estudos epidemiológicos como sendo a principal causa de morte nos doentes críticos.
Quais as principais causas?
Dra. Silvia – As principais causas são as bactérias e fungos.
Afeta mais crianças ou adultos?
Dra. Silvia – a doença afeta adultos e crianças, o que pode diferir é o tipo de germe.
Qual o tratamento indicado?
Dra. Silvia – Por ser quadro grave com potenciais complicações, deve ser tratado, preferencialmente, em ambiente de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com volume de líquido intravenoso, antibióticos, se necessário suporte ventilatório (respirador), drogas vasoativas (para manter artificialmente a pressão arterial) e monitorização das funções cardíaca e renal.
É possível prevenir?
Dra. Silvia – Sim através do diagnóstico precoce e tratamento correto de infecções. No ambiente hospitalar é vital a lavagem de mãos para se evitar a transmissão intra-hospitalar da doença. O Dia Mundial da Sepse (comemorado em 13 de setembro) deve servir de estímulo para difundir melhor o conhecimento entre os profissionais da saúde sobre esta síndrome (seguindo protocolos de atendimento para a doença), e em todas as esferas da sociedade, pois quanto mais o leigo conhecer sobre a doença, mais rápido será o atendimento na emergência dos casos suspeitos. O tratamento rápido, logo no início das primeiras manifestações, traz maiores chances de sobrevivência.
Qual o índice de mortalidade?
Dra. Silvia – Nas UTIs brasileiras podem atingir de 30% a 70%.
Quais as complicações da sepse?
Dra. Silvia – O quadro severo pode conduzir a uma disfunção em múltiplos órgãos, hipotensão arterial ou perfusão sanguínea insuficiente (hipoperfusão), causando acidose láctica, insuficiência renal, alteração do estado mental, coagulação intravascular disseminada, choque séptico e morte.
Unimed Paulistana | Medicina Preventiva
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